
Finalmente as autoridades do Rio de Janeiro acordaram para a realidade: estamos em guerra. E não posso negar que estou empolgado com a ação da Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária, BOPE, Exército, Fuzileiros Navais. Todos unidos, trabalhando contra o tráfego. Eu realmente estou bem esperançoso que tudo termine bem.
No meio disso tudo, um aspecto tem me chamado atenção: a cobertura da imprensa, especialmente a Globo. Eles estão tomando o maior cuidado para não chamar essa operação de "guerra". Talvez isso pudesse despertar um maior interesse em organismos internacionais, quem sabe até gerar uma repercussão negativa no povo brasileiro.
As entrevistas também estão bem direcionadas. Nada de políticos, nada de OAB, nada de Direitos Humanos. Só quem fala na cobertura são os responsáveis pela
guerra operação. Nem mesmo aquelas opiniões partidárias estão sendo divulgadas. Quando há alguma coisa, chega ao telespectador apenas por citação do jornalista de Brasília.
Não se ouvem críticas. O que se divulga é apoio incondicional às ações. Sequer a caçada humana por helicóptero comoveu os jornalistas. A questão que faziam para os especialistas em segurança era: "por que a polícia não matou todos". Por falta de protocolo, respondeu Rodrigo Pimentel, pai da "Tropa de Elite".
Um amigo meu disse que se não fosse a imprensa, os bandidos estariam todos mortos. Mas por enquanto não estão. Desse modo, minha preocupação passa a ser o destino desses elementos. Escutei ontem que muitos estão migrando para Fortaleza e Natal. Sendo verdade, lamentavelmente logo estarão chegando por aqui.
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