Reza a lenda que o local era usado como cemitério indígena. Contaram-me também que a imagem de Nossa Senhora do Desterro apareceu pela primeira vez em uma de suas incontáveis câmaras internas. Também escutei que a formação rochosa é um indício que antigamente existia um verdadeiro castelo medieval onde hoje só existe pedra.
Não sei qual dessas histórias é verdadeira, mas o local é bem sinistro. Logo que você chega ao pé do "castelo", já sente um calafrio, uma vontade louca de virar as costas e sair correndo. Bem na entrada há uma série de pinturas rupestres. Pena que estejam bem apagadas.
No salão de entrada surge uma série de túneis e caminhos alternativos. No maior deles havia uma cruz com a imagem de um ermitão ao pé. No lado direito, encostado na parede, vários objetos de madeira lembrando braços, pernas, que os estudiosos chamam de ex-votos.
Um pouco mais à frente uma arrepiante sepultura! Quando eu estava ao pé da cova, uma revoada de morcegos surgiu do nada. Eu era o próprio Batman! Fato: ao vivo a batcaverna não tem a menor graça.
Algumas ramificações da caverna eram bem escuras, não tive coragem de entrar pois estava sem minha lanterna da sorte (hehe). Resolvi subir ao topo da pedra. Imagens espetaculares iam se sucedendo. Lá no alto tem quase um campo de futebol. Acho que os antigos usavam como ponto de observação.
A visita foi rápida, mas fiquei com a sensação que a Pedra do Castelo é um lugar místico, sagrado e muito especial. Não tenho dúvida que nossos antepassados usaram aquele lugar como fortaleza e cemitério. Uma jóia perdida e esquecida no meio da vastidão seca do descaso patrimonialismo brasileiro (e principalmente piauiense).
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