
Veja o exemplo do Maradona. Ninguém chama mais atenção. Todo dia tem uma provocação venenosa. Já sobrou para o Michel Platini e, claro, pro Pelé. Dom Diego disse que o rei do futebol não passa de um museu. O Pelé, inocente, responde. Com isso Maradona segue firme como a grande estrela do mundial.
Depois veio o esotérico Raymond Domenech, técnico da França. Dizem os críticos que ele não chama jogadores do signo de escorpião. Eu, por exemplo, não teria vaga no time. Ainda assim, o coitado não merecia a revolução provocada pelos jogadores franceses. Perdeu o respeito, a moral. Ficou sozinho.
Aí chegamos ao nosso último técnico: Dunga. Tenho medo dele. Ontem na entrevista coletiva pós-jogo chamou o pobre Alex Escobar (Globo) de merda, puto e cagão. Várias vezes. Eu já não gostava do Dunga, imagine agora, disparando tiro em inocentes. Pior do que isso é saber que o povo está com o Dunga nessa batalha.
Torço pelo Brasil. Espero que o Dunga supere seus traumas. Quero muito assistir à entrevista pós-hexa. Acho que ele vai ficar nu, mostrando o bundão pra todo mundo. Vai ser divertido. Pena que ele vai acabar fazendo escola. O que vai ter de briga entre técnico e imprensa no restante do Brasileirão...
Enquanto isso, perdemos a morte do José Saramago, o Senado aprovou aumento de 18%, o Irã barrou a entrada de inspetores nucleares da ONU, o nordeste sofreu uma trágica enchente e o Brasil desistiu de mediar acordo entre Oriente Médio e potências. Ah, os Lakers bateram os Celtics, conquistando o 16º título na NBA. Mais alguma coisa?
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