Desde então o assunto vem gerando um acirrado debate em Hollywood. O Los Angeles Time repercutiu a opinião de atores e diretores sobre a polêmica. O resultado é um impasse que não parece perto de um consenso. Tudo culpa de Avatar e a revolucionária técnica de "captura de performance", uma tecnologia que combina atores humanos com a animação gerada por computador.
Avatar levantou questões básicas: afinal, é um filme ou uma animação? A nova tecnologia pode tornar os atores obsoletos? O uso dessa maquiagem digital - como chama Steven Spielberg - poderia dá uma vantagem aos "atores digitais"? Seria justo com os atores de filmes de baixo orçamento? Cameron diz que é um filme normal e não tem a menor intenção de trabalhar na Pixar. Os atores, segundo ele, são a alma do filme e a tecnologia é só uma ferramenta.
Andy Serkis, veterano ator britânico de teatro e pioneiro no uso de captura de movimentos com o seu Gollum, na trilogia "O Senhor dos Anéis", e no papel-título do remake de "King Kong", disse que a técnica não importa. Para ele, mais o importante é a habilidade do ator, independente se tem câmera ou não. Atualmente Serkis está filmando "Tintim", da dupla Spielberg-Jackson.
Eu acho que os atores de Avatar merecem sim crédito por suas atuações no filme. Bloquear isso seria cercear a imaginação dos cineastas, que a cada dia procuram novas formas de nos surpreender. Atores são ferramentas para contar a história, assim como a trilha sonora, fotografia. Mas com tantos novos candidatos a Avatar pintando por aí, não faltarão oportunidades à Academia.
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