A Múmia 3 perdeu em charme e ganhou em emoção

Ao contrário do que argumentou a Tatiana no Granja do Solar, achei A Múmia 3 - A Tumba do Imperador Dragão muito convincente. A China (e todas suas mitologias) é um filão que está sendo muito bem aproveitado por Hollywood, que o diga a engraçadíssima animação "Kung Fu Panda" (leia a resenha).

O filme realmente perdeu muito em charme com a saída Rachel Weisz (que interpretava a esposa do Brendan Fraser). Acho que os roteiristas deveriam ter inventado que ela estava num outro país dando palestras ou coisa parecida. A pobre da atriz substituta ficou apenas tentando imitar a personagem dos filmes anteriores, agregando pouco ao elenco.

O começo de A Múmia 3 é muito divertido, mostrando a lenda do imperador que queria conquistar o mundo, mas acabou sendo traído pela namoradinha do melhor amigo. Gostei demais da seqüência em Shangri-La (referência ao livro "Lost Horizon", publicado em 1925 pelo inglês James Hilton). Muito legal o ataque do Abominável Homem das Neves (Yeti, para os tibetanos), da aparição do dragão de três cabeças e da muralha de esqueletos.

Aos meus olhos, os efeitos especiais do filme estão convincentes. O processo de transformação de imperador e seu exército em pedra, por exemplo, é bem realístico. Além do mais, para quem tem Jet Li e Michelle Yeoh (do filme "O Tigre e o Dragão") em cena, quem precisa de computador? O embate dos lutadores é de tirar o fôlego. Pra mim, A Múmia 3 é a melhor aventura da série.