Foram quatro filmes em duas noites. Uma animação, uma ficção científica, um drama e um romance. Dois deles são um luxo, ótimos e recomendo. Os outros dois são um lixo, horríveis.
O primeiro é Madagascar (Madagascar, 2005). Animação é animação, sempre diverte. Essa é a regra. Mas Madagascar é a exceção dessa regra. O filme é bestinha, o roteiro não tem conteúdo, os personagens não tem carisma e o desenho não passa realismo. Quero crê que o público-alvo dessa animação seja as crianças de 0 a 5 anos. Acima dessa idade, é puro tédio. Mesmo apostando que o filme foi feito para o maternal, ficou claro quer a DreamWorks vacilou feio. Mas o estúdio tem crédito, agora é só esperar que o próximo lançamento seja mais próximo de "Shrek" do que de Madagascar.
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Equilibrium (Equilibrium, 2002) veio logo após. Há muito tempo que eu namorava com o DVD do filme, mas sempre relutei em alugar. Não que a sinopse fosse ruim, a idéia até que é boa. A história se passa após a 3ª Guerra Mundial, os sobreviventes vivem em um regime totalitário que faz com que todos usam uma droga que inibe as emoções (uma clara alusão ao livro "1984" de George Orwell). Mas o que me chamou atenção negativamente foi o cartaz do filme. Algum estrategista de marketing teve a "brilhante" idéia de promover o filme com o slogan: "Esqueça Matrix!". Essa estratégia posteriormente foi usada pelo suspense "Jogos Mortais", onde o slogan era "Esqueça Seven!" (uma referência ao filme "Seven - Os Sete Crimes Capitais"). Mas nesse caso "Jogos Mortais" superou, ou na pior das hipóteses, equiparou-se a "Seven". Já em Equilibrium ocorreu exatamente o contrário. O filme é ridículo, o figurino é caricato, as atuações são pífias e o cenário parece ter sido emprestado pelos Power Rangers. O protagonista, coitado, deve ter feito ficado horas e horas assistindo "Matrix". É um clone mal feito do Neo. Quanta perda de tempo!
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Para acabar com a tortura, chegou a vez de A Queda: As Últimas Horas de Hitler (Der Untergang, 2004). Nossa, que filme! [sem palavras] Frenesi, segundo o dicionário Houaiss, significa um delírio violento provocado por uma anormalidade psíquica aguda cerebral. Acho que essa é a palavra adequada. Uma experiência onipresente das últimas horas de Adolf Hitler, contadas por quem esteve lá, ao seu lado. Uma obra-de-arte do cinema alemão, feita para quem tem coração forte. O primeiro pensamento que vem a cabeça, logo após essa experiência, é que o filme poderia facilmente ter sido o episódio final de uma trilogia. Pensei em algo similar a "Star Wars", clássico de George Lucas que conta o nascimento, crescimento e morte do vilão Darth Vader. Passado o impacto inicial, é possível constatar que A Queda tenta desmistificar a imagem gloriosa que Hitler carrega. O ditador está no inconsciente coletivo como um homem carismático, com poder de persuasão e autor de célebres discursos. No filme a história é outra. Hitler perdeu o comando. Seus homens já não o obedecem. Suas estratégias são ridicularizadas. Está abandonado. E a derrota para os soviéticos é iminente. Encurralado, sua última ordem é que seu corpo seja queimado. Ele não queria que seu cadáver fosse usado pelos inimigos. Pra isso, pode chamar que a gente ajuda.
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Para fechar o quatrilho, nada melhor que Noites de Cabíria (Le Notti di Cabiria, 1957) do diretor italiano Federico Fellini. Noites de Cabíria é um bela visão da personalidade feminina, sendo considerado por muitos, um dos filmes mais completos de Fellini. A história narra a busca do verdadeiro amor por Cabíria, uma prostituta pobre que vaga pelos subúrbios de Roma. Cabíria é constantemente traída por aproveitadores, mas nunca perde a esperança de ser feliz. Uma crítica social narrada do ponto de vista das prostitutas, de forma sensível e lúdica. Vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro e descrito por Fellini como "a história de uma mulher que se apaixona pelo amor".
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