
Tecnicamente o enquadramento buscou revelar as principais facetas do altar central do santuário. Adotando uma perspectiva de baixo para cima, buscou-se exaltar a imponência dos vitrais e a beleza mística estelar resultante do reflexo solar nos vitrais. A iluminação mecânica que destaca a escadaria é uma alusão às penitências feitas pelos católicos durante os momentos de fé e adoração. Ao pé da escada, o fiel se coloca numa posição submissa a Deus, ao mesmo tempo de sacrifício e de contemplação.
A foto possui duas claras divisões, uma branca, formada pelo mármore e outra azul, formada pelo vidro. A primeira representa a vida do católico, o sofrimento, os pecados, a dor, a rigidez e o sacrifício. É a vida terrena. No lado oposto temos o azul, simbolizando o céu, a ascensão ao paraíso, o descanso eterno, e o encontro com Deus.
Para quebrar e ao mesmo tempo recompor a figura, há uma imagem de Jesus crucificado. Ao fundo uma luz forte e radiante surge, deixando na penumbra o corpo de Cristo, descoberto nos lampejos de fé, na perversa luz que esconde e revela. Essa luz favorece a entrada desse elemento na foto, delineando a escultura, proporcionando dramaticidade e tornando esse elemento o ponto de convergência do observador.

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